Um grupo de produtores argentinos visitou a sede do IDR-Paraná, em Curitiba. Eles conheceram os projetos de pesquisa que são desenvolvidos pelos paranaenses com as culturas de milho e feijão, e como esse conhecimento chega aos agricultores.
A delegação que visitou o IDR-Paraná faz parte do Movimento CREA (Consórcio Regional de Experimentação Agrícola), uma organização civil formada por 232 grupos de 19 regiões da Argentina.
Cada grupo é integrado por produtores agropecuários que se reúnem para compartilhar experiências e colaborar mutuamente na tomada de decisões.
A delegação é da província de Tucumán, localizada no Noroeste argentino, produtora de milho, feijão, soja e cana-de-açúcar, que tem um clima semelhante ao do Paraná.
Carlos Parchen, chefe de Gabinete do IDR-Paraná, apresentou a estrutura do instituto e explicou aos produtores argentinos como a instituição trabalha e leva novas tecnologias aos agricultores do Estado.
O IDR-Paraná mantém 15 Estações de Pesquisa e cinco Unidades de Pesquisa em diferentes regiões do Paraná.
Elas ajudam a desenvolver e testar novas tecnologias em diversas culturas, favorecendo o setor agropecuário.
Ivan Bordin, coordenador do programa de Pesquisa de Soja e Milho, respondeu aos questionamentos sobre a produção de milho.
O Paraná detém 14,7% da produção nacional, com 2,8 milhões de hectares cultivados e uma produção de 15,5 milhões de toneladas.
Chamou a atenção dos visitantes a estratégia para fazer frente ao complexo de enfezamento do milho, principal ameaça às lavouras.
Bordin explicou como funciona a rede de pesquisa formada pelo IDR-Paraná, em parceria com universidades, cooperativas e Embrapa, que coordena o enfrentamento da doença.
Ele também apresentou as cultivares de milho desenvolvidas pelo Instituto e que oferecem algumas vantagens, como a resistência a determinadas doenças e alta produtividade.
Os pesquisadores também apresentaram o cenário do feijão.
O Paraná é o maior produtor nacional, respondendo por 23% da produção.
O pesquisador Eloyr Myszka explicou o trabalho para aumentar os índices de produtividade das lavouras e destacou que o feijão é, em sua maioria, cultivado por pequenos produtores que ainda têm pouco acesso a tecnologia.
O instituto possui 41 cultivares de feijão, que chegam aos produtores graças a parcerias com empresas privadas.
Além disso, os extensionistas também levam às propriedades novas práticas de manejo das lavouras.
Fuente: Canalrural.com.br